Wesley Batista: Brasil pode crescer a 5% mas tem de enfrentar a taxa de juros

Controlador da JBS mostra otimismo com economia do Brasil, que pode crescer 4% ou 5%, mas critica juro real 'gigantesco'

467
Wesley Batista, um dos controladores da JBS
Wesley Batista (foto de Marcelo Camargo, ABr)

O empresário Wesley Batista, um dos controladores da JBS, mostrou um otimismo sobre o Brasil que contrasta com a visão de parte da imprensa tradicional. Ele avaliou positivamente o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB, medida da economia de um país), com projeções de crescimento na casa de 2,5% a 3%, mas, segundo ele, o Brasil merece discutir crescimento entre 4% e 5%.

“Quando você olha os números, por exemplo, o de desemprego, nós não estamos mal. Balança, nós não estamos mal. Reformas, eu acho que o Brasil tem avançado”, afirmou. Batista apontou os desafios cruciais que precisam ser enfrentados para impulsionar o crescimento nacional: “Nós temos, sem dúvida nenhuma e nós fazemos parte disso, uma taxa de juro real gigantesca no Brasil, gerando um déficit nominal gigantesco. Eu acho que esse é um desafio que o país enfrenta”, alertou.

Apesar dos desafios do cenário brasileiro, Wesley Batista reiterou seu otimismo e destacou o potencial inexplorado do interior do país, especialmente no setor do agronegócio. “É impressionante a transformação que o Brasil está fazendo no interior do país afora. A riqueza que está sendo gerada no interior do país e a interiorização do Brasil, eu acho que está muito mais pungente do que o pessoal de São Paulo, do Rio, de Brasília está conseguindo enxergar.”

Finalizando sua participação, o conselheiro da JBS fez um apelo ao orgulho nacional e à necessidade de focar em soluções práticas para o desenvolvimento. “Nós temos que falar bem do Brasil. Porque é um negócio inacreditável como nós mesmos nos depreciamos. É um autoflagelamento em praça pública”, exclamou.

Espaço Publicitáriocnseg

Para ele, a chave para o futuro do Brasil reside na simplificação do ambiente de negócios, o que geraria mais riqueza, produtividade e empregos. “O Brasil tem que simplificar a forma de empreender. Porque aí você gera riqueza, você gera produtividade, você tem ganho de produtividade, você gera emprego e assim vai”, concluiu.

A avaliação foi feita durante painel do fórum Veja Brazil Insights Nova York. Curiosamente, a revista é uma das mais pessimistas em relação à economia brasileira, especialmente quando o governo é do Partido dos Trabalhadores.

Logo da JBS em uma torre em fábrica do grupo
JBS (foto divulgação)

Resultados da JBS no 1º trimestre de 2025

A JBS divulgou nesta quarta-feira seus resultados no primeiro trimestre de 2025, que classifica como o segundo maior da história. O Ebitda ajustado do período foi de R$ 8,9 bilhões, avanço de 38,9% na comparação anual. A margem Ebitda fechou em 7,8%, com avanço de 0,6 ponto percentual comparado com o 1T24.

A receita líquida ficou em R$ 114,1 bilhões, 28% superior comparado com o mesmo trimestre do ano passado. No período, 76% das vendas globais foram em mercados domésticos onde a companhia atua e 24% por meio de exportações. O lucro líquido foi de R$ 2,9 bilhões de janeiro a março deste ano – 77,6% maior que no mesmo intervalo de 2024.

“Trimestre após trimestre, nossos resultados comprovam que fizemos as escolhas corretas na construção e gestão de nossa plataforma global multiproteínas”, afirmou Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS.

Com informações da assessoria de imprensa da JBS

Siga o canal \"Monitor Mercantil\" no WhatsApp:cnseg

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui