
Não é pequena a polêmica que opõe os que defendem a transição para energia verde (leia-se sem combustíveis de origem fóssil) e aqueles que veem na tese uma iniciativa do sistema de poder mundial, notadamente o financeiro, de limitar o uso de recursos naturais e travar o desenvolvimento dos países, principalmente os mais pobres.
Assim, é fundamental conhecer a posição da China, que não se deixa levar pelos desígnios do sistema financeiro. E o interessante é que a “Xiconomics”, as linhas traçadas para a economia chinesa pelo presidente do país, Xi Jinping, têm a transição para a economia verde como um dos seus pilares.
“A China priorizará a proteção ecológica, conservará os recursos e os usará com eficiência e buscará o desenvolvimento verde e de baixo carbono”, disse Xi na sessão de abertura do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, no ano passado.
“A China deve (…) promover o desenvolvimento econômico e social verde e de baixo carbono”, disse Xi ao discursar na reunião de encerramento da primeira sessão da 14ª Assembleia Popular Nacional, a legislatura nacional, em março.
O país é hoje o maior produtor mundial de equipamentos de energia limpa. Em agosto do ano passado, a China revelou um plano para cumprir sua meta de atingir o pico de emissões de dióxido de carbono até 2030 e alcançar a neutralidade até 2060.
Também no plano internacional, a proposta se mantém. “Devemos buscar a nova visão de desenvolvimento verde e um modo de vida e trabalho que seja verde, de baixo carbono, circular e sustentável”, disse Xi na cerimônia de abertura do Fórum do Cinturão e Rota para a Cooperação Internacional em maio de 2017. “Propomos o estabelecimento de uma coalizão internacional para o desenvolvimento verde no Cinturão e Rota e daremos apoio aos países relacionados na adaptação às mudanças climáticas.”
Na última década, Xi Jinping liderou o país em uma luta contra a poluição. “A qualidade do ar é crucial para o sentimento de felicidade das pessoas”, disse Xi na província de Guizhou, em 2014. Hoje, o céu azul está de volta e os moradores da cidade respiram um ar visivelmente mais limpo. A densidade de PM2,5 da China caiu 57% de 2013 a 2022, e suas emissões de dióxido de carbono por unidade do PIB caíram 34,4%. O número anual de dias com grave poluição do ar no país caiu drasticamente em 92%.
A China criou a maior área de floresta plantada do mundo, dobrando sua taxa de cobertura florestal de 12% no início dos anos 1980 para 24,02% em 2022. Pelo menos 25% da expansão da folhagem desde o início dos anos 2000 globalmente veio da China. E se tornaram uma fonte substancial de receita. No ano passado, o valor da produção da indústria florestal e de pastagens da China atingiu cerca de US$ 1,18 trilhão, enquanto o volume de comércio exterior de produtos florestais foi de US$ 191 bilhões.
Rápidas
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