‘Xiconomics’ busca o desenvolvimento verde

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Telhado fotovoltaico em Zhejiang
Funcionários verificam as instalações de energia fotovoltaica (PV) no telhado para os moradores locais na aldeia Qixing, distrito de Deqing, Província de Zhejiang, leste da China, em 31 de março de 2022. (Xinhua/Xu Yu)

Não é pequena a polêmica que opõe os que defendem a transição para energia verde (leia-se sem combustíveis de origem fóssil) e aqueles que veem na tese uma iniciativa do sistema de poder mundial, notadamente o financeiro, de limitar o uso de recursos naturais e travar o desenvolvimento dos países, principalmente os mais pobres.

Assim, é fundamental conhecer a posição da China, que não se deixa levar pelos desígnios do sistema financeiro. E o interessante é que a “Xiconomics”, as linhas traçadas para a economia chinesa pelo presidente do país, Xi Jinping, têm a transição para a economia verde como um dos seus pilares.

“A China priorizará a proteção ecológica, conservará os recursos e os usará com eficiência e buscará o desenvolvimento verde e de baixo carbono”, disse Xi na sessão de abertura do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, no ano passado.

“A China deve (…) promover o desenvolvimento econômico e social verde e de baixo carbono”, disse Xi ao discursar na reunião de encerramento da primeira sessão da 14ª Assembleia Popular Nacional, a legislatura nacional, em março.

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O país é hoje o maior produtor mundial de equipamentos de energia limpa. Em agosto do ano passado, a China revelou um plano para cumprir sua meta de atingir o pico de emissões de dióxido de carbono até 2030 e alcançar a neutralidade até 2060.

Também no plano internacional, a proposta se mantém. “Devemos buscar a nova visão de desenvolvimento verde e um modo de vida e trabalho que seja verde, de baixo carbono, circular e sustentável”, disse Xi na cerimônia de abertura do Fórum do Cinturão e Rota para a Cooperação Internacional em maio de 2017. “Propomos o estabelecimento de uma coalizão internacional para o desenvolvimento verde no Cinturão e Rota e daremos apoio aos países relacionados na adaptação às mudanças climáticas.”

Na última década, Xi Jinping liderou o país em uma luta contra a poluição. “A qualidade do ar é crucial para o sentimento de felicidade das pessoas”, disse Xi na província de Guizhou, em 2014. Hoje, o céu azul está de volta e os moradores da cidade respiram um ar visivelmente mais limpo. A densidade de PM2,5 da China caiu 57% de 2013 a 2022, e suas emissões de dióxido de carbono por unidade do PIB caíram 34,4%. O número anual de dias com grave poluição do ar no país caiu drasticamente em 92%.

A China criou a maior área de floresta plantada do mundo, dobrando sua taxa de cobertura florestal de 12% no início dos anos 1980 para 24,02% em 2022. Pelo menos 25% da expansão da folhagem desde o início dos anos 2000 globalmente veio da China. E se tornaram uma fonte substancial de receita. No ano passado, o valor da produção da indústria florestal e de pastagens da China atingiu cerca de US$ 1,18 trilhão, enquanto o volume de comércio exterior de produtos florestais foi de US$ 191 bilhões.

 

Rápidas

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