Zona do Euro ainda requer estímulo monetário, diz Praet

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A melhora recente vista na inflação da Zona do Euro é um fator transitório e a região ainda precisa de fortes estímulos monetários para atingir, de forma sustentável, a meta do Banco Central Europeu (BCE) de manter a inflação pouco abaixo de 2%, afirmou o membro da diretoria do banco central, Peter Praet.
“As pressões inflacionárias subjacentes ainda dão poucos indícios de que haja uma tendência de alta convincente, uma vez que as pressões de custos domésticos, em especial o crescimento dos salários, seguem fracas”, disse Praet num discurso em Madri. “Por isso, precisamos olhar para além da recente aceleração da inflação, que foi causada por fatores temporários que provavelmente desaparecerão em breve”.
Em fevereiro, o índice de preços ao consumidor do bloco subiu 2% ante o mesmo período de 2016, após alta de 1,8% em janeiro em base anual. A aceleração do índice foi causada principalmente pelo avanço de 9,3% nos preços de energia em fevereiro, já que a base de comparação é fraca no início do ano passado. O núcleo da inflação, que exclui energia e alimentos, ficou em 0,9% em fevereiro e em janeiro.
“Nossa conclusão é de que um grau muito substancial de acomodação monetária ainda é necessário para que as pressões sobre o núcleo da inflação aumentem e apoiem o índice geral de inflação no médio prazo”, disse Praet.

Índices europeus

Os mercados acionários europeus recuaram nesta segunda-feira, pressionados pelas perdas nas ações de bancos e mineradoras após o revés do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na votação do projeto de lei sobre o sistema de saúde levantar preocupações sobre sua capacidade de cumprir as promessas de estímulo fiscal.
O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,37%, a 1.479 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,4%, a 375 pontos. O STOXX avançou cerca de 10% desde que Trump foi eleito presidente no início de novembro, em parte pela expectativa de um grande estímulo econômico sob sua administração.
Mas Trump sofreu uma grande derrota na sexta-feira em um Congresso controlado por seu próprio partido quando os líderes republicanos cancelaram a votação de um projeto de lei para revisar o sistema de saúde dos EUA. “Não há dúvidas de que isso vai dar um limite ao recente rali”, disse o operador do City of London Markets Markus Huber.
O índice de Recursos Básicos registrou a maior perda entre os setores, de 3,3%, atingindo a mínima de duas semanas diante da queda dos preços do cobre. Os grupos siderúrgicas ArcelorMittal, Outokumpu e Voestalpine recuaram. As siderúrgicas avançaram desde a eleição de Trump, com a expectativa de maiores gastos com infraestrutura. Já o índice bancário caiu 0,56%.
Em Londres, o índice Financial Times recuou 0,59%, a 7.293 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,57%, a 11.996 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,07%, a 5.017 pontos. Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,32%, a 20.124 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,06%, a 10.302 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 valorizou-se 0,69%, a 4.720 pontos.

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