O Banco Central Europeu (BCE) elevou, nesta quinta-feira, suas principais taxas de juros em 0,5 ponto percentual (p.p.) e se comprometeu a novos aumentos para domar a inflação na Zona do Euro. As taxas ficarão entre 2% e 2,75%, dependendo da operação, com efeitos a partir de 21 de dezembro.
Apesar de revisar a perspectiva de inflação substancialmente para cima, o BCE reduziu o ritmo de alta dos juros. Nas reuniões anteriores, a elevação fora de 0,75 p.p.
A equipe do Eurosistema previu que a inflação atingiria 8,4% em 2022, 6,3% em 2023, 3,4% em 2024 e 2,3% em 2025.
O Banco da Inglaterra (BoE, banco central da Grã-Bretanha), também elevou sua taxa básica de juros, Bank Rate, em 0,5 p.p., para 3,5%, a maior desde outubro de 2008, alegando que visa combater a alta inflação.
Dois dos seis integrantes do Comitê de Política Monetária (MPC) do BoE preferiram manter a alíquota em 3%, e um votou por um aumento de 0,75 ponto percentual.
A maioria dos membros do MPC acredita que, caso a economia evolua amplamente em linha com as projeções de novembro, novos aumentos de juros podem ser necessários para um retorno sustentável da inflação à meta.
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de 12 meses da Grã-Bretanha foi de 10,7% em novembro, abaixo da alta de 11,1% em outubro, a maior em 41 anos, mas ainda bem acima da meta de 2% do BoE.
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